Hoje em dia temos o Google Earth, mas antigamente, construir um mapa do planeta Terra, ou mesmo de uma região dele, era tarefa para os cartógrafos: homens normalmente ligados à navegação e que dispunham de recursos escassos e muitas vezes meras descrições vagas sobre a terra que visavam representar.
Os mapas, principalmente na época das Grandes Navegações (séculos XV e XVI), adquiriram importância fundamental, e grandes avanços foram feitos na maneira como os homens enxergavam o planeta Terra.
Até aí, tudo bem. Os mapas tinham sua importância conhecida, e os cartógrafos possuíam as informações necessárias para fazerem o melhor possível e traçar da melhor forma possível, os litorais descritos pelos relatórios dos navegadores. Seria tudo muito simples, se não fosse a descoberta do Mapa de Piri Reis, em 1929, no Museu Topkapi, em Istambul. Este mapa é uma representação da costa do Atlântico Sul, datado de 1513. O próprio Piri Reis deixou registrado as fontes que ele teria usado para desenhar o tal mapa, o que leva ao grande mistério por trás dele: O mapa trás desenhada a costa da Antártida. Daí você pensa: tudo bem, talvez ele usou o mapa de alguém que já teria navegado até lá, e desenhou no seu mapa. O caso é que, no mapa de Piri Reis, a Antártida aparece como seria vista sem a cobertura de gelo. Só conseguimos saber atualmente, a forma do Continente Antártico sem essa cobertura através de análises sísmicas. A cobertura de gelo teve início aproximado em 4000 a.C., ou seja, as referências de Piri Reis para desenhar a Antártida data de uma civilização desta época. A questão é, que civilização teria vivido em 4000 a.C. que teria praticado a cartografia, ou mais específicamente, a cartografia de um continente aparentemente afastado geograficamente de qualquer outra civilização conhecida até então?
Alguns céticos consideram que o mapa não trata do Continente Antártico, e sim uma extensão da América do Sul, onde estaria representada até a Terra do Fogo e as Ilhas Malvinas, mas tudo muito abertamente. Até hoje, o Mapa de Piri Reis carrega seus mistérios, e trata-se de um assunto fascinante da Cartografia. Melhor que o Google Earth.