Tudo bem, essa semana me fizeram uma pergunta enquanto eu estava comendo que quase me fez ter um ataque. Me perguntaram como funciona aquela pulseirinha do equilíbrio, daquelas que passavam na Ana Maria Braga, e afins. Bem, o caso é que não posso explicar como funciona algo que não funciona.
Colocando um pouco de contexto na história, as pulseiras do equilíbrio eram muito populares até a alguns anos atrás, quando um bando de esportistas e estrelas de cinema andavam por aí exibindo-as. De acordo com a empresa responsável pelo produto, as pulseiras melhoravam o equilíbrio, o vigor e a flexibilidade do usuário. Isso tudo através de um efeito quântico da produção de íons pela pulseira. O caso é: a tal pulseira libera tantos íons quanto um relógio digital. De fato, o efeito da pulseira é muito mais psicológico do que qualquer outra coisa. Mas isso não sou eu quem está dizendo.
Há alguns anos, a ACCC (Australian Competition and Cosumer Commission) venceu a guerra contra as pulseiras, que enfrentavam uma série de denúncias, após uma série de testes em laboratório que, imaginem só, comprovaram que as tais pulseiras não poderiam absolutamente ter o efeito que lhe era atribuído.
Portanto, senhoras e senhores, me sinto um Mythbuster dizendo que, quando se trata da pulseirinha do equilíbrio, é mito.